As coisas que janeiro me proporcionou.


Finalmente entramos em um novo mês, cada ano que passa, o tempo passa mais rápido. Cada dia é uma nova chance de recomeçar, cada mês uma chance de arrumar e cada ano uma chance de recordar.

Não esperava que janeiro trouxesse nada, afinal ele é um mero mês e não a vovó quando chega do supermercado. Mas ele veio. Veio e trouxe uma infinidade de coisas boas.

Percebi que desde que comecei a me amar e aceitar minha pessoa do jeitinho que ela é, muitas coisas mudaram. Reclamar e ficar parada não iria me dar o corpo que tanto desejei e hoje tenho. Reclamar e ficar parada não iria mudar todas as coisas que me incomodava. Foi preciso me arriscar, expor meu rosto ao tapa e esperar tudo sem expectativa, pra não me magoar caso tudo desse errado. Deu certo, tudo deu tão certo que o risco valeu a pena.

Conflitos foram resolvidos. Pedi perdão e fui perdoada. Me afastei de tanta gente e olha, saudade dá, mas dá e passa. Me reaproximei de tantas outras e mal consigo conter a felicidade que isso me dá.

Fiz viagens maravilhosas com minha família e pude reencontrar pessoas especiais que não via há um tempão. Fiz muitas coisas erradas e não me arrependi nada. Assim como fiz coisas boas e me sinto mal por não terem sido totalmente verdadeiras.

Sai do jazz, algo que era muito vital para mim. Em contrapartida, me matriculei no cursinho, algo que será super importante no meu crescimento pessoal e acadêmico. Aceitei. Me doei. Senti.

Comecei a levar o blog mais a sério, uma coisa que servia só para eu desabafar e escrever tudo o que guardava comigo (aliás, apaguei grande parte! Aqueles sentimentos não me pertencem mais) passou a ser algo que eu amo. Quero apenas preencher as lacunas do meu tempo. Mas é tão bom compartilhar as coisas que eu gosto e ver que outras pessoas gostam do mesmo que eu. Conquistei algumas seguidoras, que pode parecer um número pequeno, mas pra mim é gigante. Não tenho pretensão nenhuma. Não sonho em ser uma super blogueira. Não penso que ganharei dinheiro com isso ou que isso será meu meio de vida.

Cortei o cabelo, subi uma serra, caminhei durante a chuva, abracei sem entrar em pânico, disse para alguém que havia ficado chateada (acreditem, isso é muito pra mim), abandonei tudo que me prendia, ajudei quem precisava e também fui ajudada. Senti medo, acalmei quem também o sentiu.

Mudei alguns de meus conceitos e percebi que só perdi tempo enquanto torci meu nariz, não me arrependi. Fiz tantas coisas legais que jamais conseguiria explicar o quão grata sou acada pessoa que me ajudou durante esse processo.

Há coisas boas em todas as ruins, ninguém é cem por cento "real". A vida existe para quem quer viver  e o tempo não para pra ninguém se recuperar. A melhor coisa que janeiro me trouxe, foi a perspectiva.

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